terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Introdução Manual de Conduta Hoteleira

Introdução

A palavra ética tem sido muito usada e, ultimamente, está em constante exposição na mídia. Mas afinal de contas, o que é a ética a que todos se referem? Existe uma ética pessoal e outra corporativa? De que maneira podem interagir?
Ética são todos os padrões de comportamento ou conduta pessoal e social que se aplicam a um indivíduo ou empresa, de acordo com um padrão esperado e com práticas aceitáveis por um grupo social, em determinado lugar e tempo.
Assim, quando se fala em ética corporativa refere-se ao conjunto de normas de conduta que orientam um segmento da sociedade com um interesse comum. No caso das empresas hoteleiras, existe o Código de Ética elaborado pela Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH) para regular o relacionamento entre essas empresas, e entre elas e funcionários, hóspedes, prestadores de serviços, agências e operadoras. No entanto, este não é o único instrumento a ser considerado pelos meios de hospedagem para pautar seus procedimentos. Existem, também, o Código Mundial de Ética do Turismo, o The Code e o Código Penal Brasileiro.
O objetivo geral deste Manual de Conduta Hoteleira é orientar os gestores de meios de hospedagem para uma possível padronização de procedimentos e posturas a serem desenvolvidos nos empreendimentos, tendo em vista o alcance de formas éticas e eficientes de gestão na hotelaria, além do combate à exploração comercial sexual de crianças e adolescentes nos equipamentos turísticos em todo território nacional.
Tem, ainda, como objetivos específicos a disponibilização de informações sobre procedimentos que venham a antecipar situações-problema nos meios de hospedagem, além de ressaltar cuidados relativos à contratação de empregados e atendimento ao hóspede desde o momento da sua chegada até a sua saída; o oferecimento de capacitação profissional nos meios de hospedagem a partir de orientações requeridas pelas necessidades do mercado e a disseminação da prática da Responsabilidade Social.
Considera-se que este Manual também:

Será ferramenta complementar e auxiliar no processo de capacitação profissional dos gestores de meios de hospedagem;

Propiciará a criação de novas competências e habilidades profissionais e sociais aos gestores hoteleiros;

Melhorará a informação e a qualidade dos serviços nos meios de hospedagem, com vistas à competitividade hoteleira;

Promoverá a conscientização e esclarecimento sobre procedimentos padrão para a solução de situações-problema nos meios de hospedagem; e

Será uma fonte de referência para as operações em meios de hospedagem.

Para tanto, a proposta metodológica de construção do Manual, desde o início até sua apresentação final, utilizou orientações de profissionais renomados do segmento hoteleiro e da ABIH Nacional além de estudos feitos no setor do turismo, como a cartilha Turismo Sustentável e Infância do Ministério do Turismo; o Manual de Boas Práticas da Hotelaria; o Código Mundial de Ética no Turismo da Organização Mundial do Turismo, o The Code, Legislação específica, o Código Penal, o Código do Consumidor, livros de ocorrências do meio de hospedagem e de Procedimento Padrão Operacional (PPO).
Este Manual está apresentado em macrotemas que contemplam os diversos temas relacionados a situações especiais e pontuais que ocorrem nos meios de hospedagem. Estes macrotemas são:

  • Responsabilidade Civil
  • Situações especiais com hóspedes
  • Responsabilidade trabalhista
  • Segurança alimentar e higiene
  • Meio ambiente
  • Comunicação
  • Segurança
  • Pessoas com deficiência
  • Combate à exploração sexual de crianças e adolescentes

Cada um dos macrotemas está apresentado e seguido de um caso que situa o assunto. Em seguida são respondidas as principais dúvidas e feitas possíveis recomendações.
Uma vez formatados os temas integrantes dos macrotemas, o texto foi disponibilizado para consulta pública para toda a sociedade, via web, no Portal de Boas Práticas (www.hotelcompetitivo.com.br) tendo em vista a necessidade de socializar informações e promover uma maior reflexão junto à sociedade em geral, trazendo críticas sobre o material e sugestões de aprofundamento.

Este Manual destina-se aos gestores dos meios de hospedagem no trato com seu público interno (clientes, funcionários), público externo (fornecedores, concorrentes e comunidade), governo, organizações não governamentais e outros.
Finalmente, é de suma importância dizer que nenhum dos procedimentos descritos neste Manual será válido se não lhes for dado o devido destaque implementando, como política do empreendimento, a adoção de ações de treinamento, qualificação e valorização profissional.

2 comentários:

MANUELLA OLIVEIRA LAVINSKY disse...

boa tarde! Gostaria de tirar um dúvida. Em hotelaria (local de praia) nem sempre é possível a folga no domingo. Mas meus funcionários não aceitam folga em outro dia da semana e por isso tenho que pagar toda vez que eles trabalham no domingo. Como devo proceder?

Kristyany Rhein disse...

Prezada Manuella, acredito que pela data de sua postagem já deves ter resolvido este problema, caso persista a dúvida, aí vai minha sugestão. Toda cidade deve ter o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, assim sendo, eles possuem a Convenção Coletiva em vigor. Nela, estará definido o que pode e o que não pode ser feito nas relações de trabalho com sua equipe, inclusive o trabalho por escala, que dependendo do estado e do acordo efetivado, diz quantos domingos devem ser folgados em um certo espaço de tempo, ou seja, em trabalho por escala seus colaboradores terão de se submeter ao que foi acertado legalmente pelo sindicato, sem discussões e problemas. Um abraço e boa sorte.